Depende do que você faz com o que tem...

Eu não entendo tanto amor que há em mim, por tudo ou por nada. Deveria ser por todo mundo e acaba sendo por ninguém.
Sabe o que é se importar mais com os outros do que com você mesmo?
Não, você não deve saber, ninguém é assim — exceto eu —.
Isso deveria ser bom, mas não é nada fácil lidar com tanto sentimento, é uma responsabilidade sem tamanho ou com o maior tamanho que há no mundo inteiro.
Talvez seja um dom e se for, eu recebi porque sou capaz de conviver com isso.
Eu sofro sabe? É que aí eu esqueço de enxergar a auto importância e como ninguém vai se importar comigo, por mim... Já era.
Às vezes, eu amo alguém, ou pelo menos me disponibilizo, me dou uma chance de reapaixonar.
Só que eles estão sempre indo e vindo, ou vice-versa. E quando some um alvo de vista pra receber tanto amor, eu cuspo esse amor na palma da mão, ponho na boca e engulo de novo.
Vira uma ciranda de amor próprio, e daí eu acabo me recuperando.
E esse amor é tanto, que se eu sofrer por alguém e o infeliz precisar de mim eu estarei aqui, prontinha, novinha em folha pra servi-lo.
Não que eu precise dele, mas eu adoro quando me chutam e depois acabam precisando de mim.
Eu o esqueci. E esse texto é só pra ocupar minha mente enquanto espero ele voltar correndo implorando por um ombro, nem que seja um ombro amigo.
Mas se eu esqueci, por que estou escrevendo sobre isso? aaaah! eu tenho muito amor, e ainda que eu esqueça eu acabo lembrando de algum jeito.
O importante mesmo é que agora estou muito feliz, em meio à ciranda, minha ciranda.
Tem gente racional e gente que come ração. Pois é, tenho que parar de dispejar meu amor em cavalos estúpidos, com ego a-flor-da-pele.
Um dia, um pensante vai aparecer e eu finalmente entenderei porque tenho tanto amor, e a minha ciranda terá um componente a mais.
Boraaaaaa gente, saiam da casca, assumam que amam, que sentem. Isso não é vergonha, poxa.
É um dom, lembra?

Larissa C.

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